quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Natal Coca-Cola

[Daniel Lüdtke]
[Publicado na Revista Adventista - dez 09]


Materialismo. Hedonismo. Consumismo. Será que existem outros centros de atenção no Natal? Em geral, parece que não. Compras, enfeites, viagens, festas, comidas e roupas estão sob os holofotes de luzes coloridas. Mesmo sentimentos de união e fraternidade, divulgados tanto em cartões quanto em comerciais, tornam-se fórmulas vazias da felicidade como um fim em si mesma. Essa “fábrica da felicidade” não conta com a participação de Jesus Cristo. Esse Natal vive outro significado – vive o “lado Coca-Cola da vida”.

No mês de dezembro, tanto do ano passado quanto dos anos anteriores, a Coca-Cola lançou campanhas publicitárias com o seguinte conceito: “Viva o lado Coca-Cola do Natal”. A ideia de tornar a marca como sinônimo de felicidade não é nada inédita. Já em 1942, uma publicidade do refrigerante mostrava um pai montando uma árvore de Natal ao redor de sua família. Todos estão felizes. Motivo principal: o filho traz em suas mãos garrafas de Coca-Cola. O texto completa: “Momentos felizes em casa são mais brilhantes quando se acrescenta uma Coca-Cola gelada. É uma velha amiga da família, pronta para ajudar a qualquer hora”.

A Coca-Coca revolucionou o Natal. Além de trazer a alegria verdadeira a esta data (quanta pretensão!), universalizou a figura mais querida deste período do ano: o Papai Noel. A Coca-Cola foi a maior responsável pela popularização do bom velhinho em vermelho e branco (convenientemente das mesmas cores da marca) e com traços de um senhor bondoso. Antes disso, ele era comumente pintado em tons marrons ou verdes e tinha feições de duende.

As publicidades desse refrigerante também foram as responsáveis por criar o clima da chegada do Natal durante décadas. Quem não se lembra do comercial do comboio de caminhões da Coca-Cola, passando por uma autoestrada escura, chamado a atenção de pais e crianças, fazendo acender as luzes das casas por onde passava, ao som de uma canção quase mágica?

Não é à-toa que em 2009, pela décima vez consecutiva, a Coca-Cola é a marca mais valiosa do Planeta. Não se trata apenas de um refrigerante. Trata-se de um estilo de vida. Vida feliz. Feliz em si mesma.

Acontece que esse conceito mágico do Natal Coca-Cola é muito mais que mero sensacionalismo publicitário. É uma forma de substituir o verdadeiro motivo de celebração do Natal. O jornalista e humorista Art Buchwald satirizou essa realidade numa crônica de título irônico: “Deve-se permitir às igrejas, abrirem no dia do Natal?” Segundo o enredo, cidadãos protestavam contra igrejas que queriam dar um sentido religioso ao natal (que pecado!). O representante desses manifestantes argumenta: ”Bastante dinheiro, tempo e propaganda foram colocados na preparação do Natal, para deixarmos que uma pequena minoria estrague o evento usando este dia para ir à igreja. Não somos contra igrejas, mas somos terminantemente contra estas igrejas permanecerem abertas no dia dedicado ao nosso faturamento”.
Não permita que os convites à felicidade consumista e existencialista encantem você a tal ponto de achar que isso é alegria de verdade. Refletindo sobre o tempo que viveu longe de Deus, provando e fazendo tudo o que queria, Salomão escreveu: “Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade. Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve? (Ec. 2:1-2).

Durante este mês de dezembro, torne Jesus ainda mais especial em sua vida. Fale mais com ele. Pense mais nele. Leia mais sobre ele. Dedique mais tempo emse demorar nas maravilhosas narrativas dos evangelhos e se debruçar sobre livros como “O Desejado de Todas as Nações” e tantos outros dos quais Cristo é o personagem principal. Enquanto o mundo desvia dele o foco, lance o olhar ao único capaz de lhe dar vida feliz, vida eterna.

“Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre” (Sl 16:11 - NTLH)

Viva o lado Jesus Cristo do Natal!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Universitários evangélicos X Evolucionismo: Quem está em crise?

[Daniel Lüdtke]

Após o título “Pesquisa mostra dilemas de biólogos evangélicos”, o Estadão destacou logo abaixo: Cientista da UFF mostra que eles querem ser professores de Ciências, mas 70% desconfiam da Teoria da Evolução.

A reportagem publicada em 2 de novembro apresenta os evangélicos, pelo fato de acreditarem em Deus, como leigos, problemáticos e uma ameaça ao ensino científico no país. Veja a introdução da matéria:

Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF) mostra os conflitos
vividos por estudantes evangélicos que querem se tornar professores de ciências.
A maioria deles duvida da veracidade da teoria da evolução, de Charles Darwin, mas garante que não vai ensinar nas escolas que Deus criou o homem e o mundo.
O texto acima fala da “veracidade da teoria da evolução” e no parágrafo seguinte afirma categoricamente que a evolução “para a ciência é verdade absoluta”. Será que essa informação foi tendenciosa? É só olhar os fatos.

Se a informação fosse: “A evolução é a teoria mais aceita entre os cientistas”, não haveria problema. Mas quando alguém ousa escreve que algo é a verdade absoluta, ele realmente tem que ter certezas palpáveis, respostas cem por cento empíricas. Não se pode dizer isso quanto à teoria da evolução.

Veja abaixo, por exemplo, uma lista* de obras científicas publicadas por evolucionistas que veem a evolução como uma teoria em crise – longe de ser a verdade absoluta e unânime que propõe mídia tradicional.

1. Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution [A caixa Preta de Dawrin: O Desafio da Bioquímica à Evolução] - Michael Behe.

Esse bioquímico da Universidade de Lehigh, que não é criacionista – certamente não na interpretação tradicional do termo “criacionista” -, oferece muitos exemplos do que ele chama “complexidade irredutível” os quais, segundo ele, não poderia ter-se desenvolvido por um processo casual.

2. Life Itself: Its Origin and Nature [A vida em si: sua origem e natureza] – Francis Crick.

Este laureado com o Nobel assinala que os problemas relativos à origem da ida na Terra são tão grandes eu ela vede ter-se originado noutra parte do Universo e então sido transferida para cá.

3. Evolution: Theory in crisis [Evolução: uma teoria em crise] – Michael Denton.

Este microbiologista descarta levianamente a criação como mito, porém declara: “Em última análise a teoria darwiniana da evolução não passa do grande mito cosmogênico do século vinte”.

4. The Neck og the Giraffe: Where Darwin Wente Wrong [O pescoço da Girafa: Onde Darwin saiu dos trilhos] – Francis Hitching.

Hitching indica em seu livro problemas sérios para a evolução.

5. Beyond Neo-Darwinism [Além do Neodarwinismo] – Mae-Wan Ho e Peter Saunders.

Esses dois acadêmicos da Inglaterra, que são evolucionistas, assinalam que “todos os sinais são de que a teoria da evolução enfrente uma crise, e que uma mudança está a caminho”.

6. Darwinism: The Refutation of a Mith [Darwinismo: A refutação de um mito] – Søren Løvtrup.

Esse embriologista da Suécia, que crê em alguma forma de evolução por etapas maiores, declara: “Creio que um dia o mito darwiniano será considerado o maior engano na história da ciência. Quando isso ocorrer, muitas pessoas levantarão a pergunta: Como pôde ter acontecido isto?”

7. Problems of Evolution [Problemas da evolução] – Mark Ridley.

Este evolucionista da universidade de Oxford suscita várias indagações a respeito da evolução, algumas das quais ele considera de menor importância, enquanto outras (por exemplo, como ocorrem as grandes mudanças evolutivas) são definitivamente
problemáticas).

8. Origins: A Skeptic’s Guide to the Creation of Life on Earth [Manual do cético para a criação da vida] – Ribert Shapiro.

Este destacado químico da Universidade de Nova York suscita muitas
perguntas a respeito da evolução. Ele afirma sua fé na ciência e espera que esta
seja capaz de formular um modelo plausível.

9. The Great Evolution Mistery [O grande mistério da evolução] – Gordon Rattray Taylor.

Este erudito escritor britânico sobre ciências afirma a sua crença na
evolução, mas, com referência a um mecanismo possível para a evolução, afirma:
“Em resumo, o dogma que tem dominado a maior parte do pensamento biológico por
mais de um século está entrando em colapso.

* FONTE: Origens – Ariel A. Roth, pág. 135-6.

Enquanto muitos dos próprios evolucionistas “desconfiam” da teoria da evolução, universitários são tratados com desprezo por não concordarem com a mesma.

Criacionistas são ignorantes?

Na reportagem, mais uma vez é sustentado o paradigma de que os criacionistas são acéfalos, ignorantes, sem ciência. A única defesa do argumento criacionista por parte dos universitários no texto é o seguinte: “Minha avó não é macaca. Então foi Deus quem criou o homem”. Será que a pesquisa da UFF não contou com a colaboração de nenhum universitário evangélico embasado, com argumentos científicos? Ou será que essa resposta da “avó que não é macaca” foi escolhida a dedo para manter o estigma da ignorância criacionista?

E se é “proibido” existir um aluno universitário antievolucionista, o que dizer de um professor? Sim, um professor universitário! Também é proibido?

Um exemplo de destaque no Brasil é o pós-doutor e professor da Unicamp Marcos N. Eberlin, um dos maiores cientistas brasileiros. Em seu recém-lançado livro online http://www.fomosplanejados.com.br/, ele aponta evidências científicas de planejamento em todo o universo – e não mera evolução desordenada e desproposital.

Nota-se, assim, que a verdade factual e inegável da evolução proposta pela mídia nada mais é que arrogância. Existe um outro lado. Um outro lado mais inteligente do que se possa imaginar.

Seriado americano exibe sexo a três

[Daniel Lüdtke]

Apesar de protestos, o seriado “Gossip Girl” exibiu em 9 de novembro o polêmico episódio com cena de sexo a três. Foi assim: no chão, bebendo e folheando um jornal da faculdade, Olivia, Dan e Vanessa leem uma matéria sobre coisas que todos os universitários devem fazer durante seus anos de estudo. Percebem, então, que o único item que na fizeram da lista foi sexo a três. Dan beija Olívia. Olívia beija Vanessa. Dan beija Vanessa. E por aí começa...

O anúncio da terceira temporada estampava a fotos de uma mulher sendo beijada por outras duas pessoas (um homem e outro indivíduo do qual se vê apenas o queixo, não sendo possível identificar o sexo). Com a divulgação, emergiram contestações que levaram a Parents Television Council, organização que monitora conteúdos da TV norte-americana, solicitar a suspensão da cena.

"Vocês serão cúmplices em estabelecer um precedente e expectativas de que os adolescentes devem adotar comportamentos associados a filmes adultos?”, inquiriu Tim Winter, presidente da organização, em carta à CW, TV que exibe “Gossip Girl”. Segundo, Winter, o enredo do seriado é “expressamente direcionado a jovens impressionáveis”, o que os levaria a copiar a vida desregrada dos personagens. Ele também afirmou que a possível exibição do capítulo intitulado “Sexo a três” era considerada “temerária” e “irresponsável” por parte dos pais americanos. Mas quando a mídia impõe, quem pode impedir?

A CW defendeu-se dizendo apenas que o público-alvo do seriado é de 18 a 34 anos, com média da audiência em 27 anos – e ponto final. Ah, e depois desse ponto final começou um outro capítulo – aquele chamado “Sexo a três”.

Em blogs e sites foi dito que a atitude da Parents Television Council era uma clara manifestação ditatorial. Mas será que essa não seria a atitude da CW? Não seria a insistente obstinação em promover a perversão sexual e incentivo a prostituição, apresentando-as como “coisas que todos têm que fazer”, a verdadeira ditadura? E no fim da história, não é sempre o ditador que vence?

Essa é mais uma prova cabal da era em que vivemos: Idade Mídia.


No site oficial da Parentes Television Council, algumas contestações gerais ao seriado incluem tratar o sexo como “ferramenta utilizada para manipular as pessoas” e mostrar que, apesar desse tipo de sexo banal e barato, os personagens “não sofrem consequências físicas ou psicológicas”. “As consequências reais são inexistentes neste mundo de fantasia”, aponta a entidade.

Mas é claro, essas contestações nunca serão ouvidas. Ditadores nunca ouvem.